Copas do Mundo de 1974 a 1990 – Futebol com poucos gols
A história das Copas do Mundo entre 1974 e 1990 é recheada de momentos memoráveis, personagens icônicos e curiosidades que marcaram época. Nesse período, o futebol viveu transformações táticas e o surgimento de grandes craques que moldaram o esporte como o conhecemos hoje. Confira algumas curiosidades sobre cada edição!
A Laranja Mecânica de 1974: A Era do “Futebol Total”
Realizada na Alemanha Ocidental, a edição de 1974 ficou marcada pela revolução tática do “Futebol Total” apresentado pela seleção holandesa. Sob o comando de Rinus Michels e liderada por Johan Cruyff, a Holanda encantou o mundo com seu estilo inovador, onde todos os jogadores participavam ativamente em todas as áreas do campo. Contudo, a Alemanha Ocidental, anfitriã, conquistou o título com uma vitória por 2 a 1 na final. Além do futebol arte, destacamos a estreia da atual taça da Copa do Mundo que substituiu a Jules Rimet, conquistada em definitivo pelo Brasil em 1970.
Copa do Mundo de 1978: O Controverso Título da Argentina
A Argentina sediou a Copa de 1978 em um contexto político complicado, sob um regime militar. A seleção argentina, comandada por César Luis Menotti, conquistou seu primeiro título mundial ao vencer a Holanda por 3 a 1 na prorrogação. Entretanto, um dos momentos mais polêmicos ocorreu na goleada de 6 a 0 da Argentina sobre o Peru, resultado que muitos suspeitam ter sido manipulado para garantir a classificação dos anfitriões à final. Além disso, o torneio foi marcado pelo surgimento do “La Albiceleste”, apelido da seleção argentina devido ao uniforme celeste e branco.
A Tragédia do “Sarriá”: Itália conquista o Tri em 1982
A Espanha recebeu a Copa de 1982, que teve a participação de 24 seleções pela primeira vez. A Itália, liderada por Paolo Rossi, sagrou-se campeã após vencer a Alemanha Ocidental por 3 a 1 na final. Rossi foi o grande destaque do torneio, marcando seis gols, incluindo três contra o Brasil na vitória por 3 a 2 no Estádio Sarriá em Barcelona, eliminando a seleção favorita em um dos jogos mais emocionantes da história. Outro ponto marcante foi a estreia de Camarões, que empatou todos os seus jogos e deixou uma ótima impressão.
O Futebol arte de Maradona no Mundial de 1986
A edição de 1986, realizada no México, ficou eternamente marcada pela genialidade de Diego Maradona. O craque argentino liderou sua seleção rumo ao título, destacando-se com dois gols históricos contra a Inglaterra nas quartas de final: o famoso “Gol da Mão de Deus” e o “Gol do Século” onde Maradona dribla metade do time adversário para fazer o gol. Outra curiosidade foi o uso de estádios em alta altitude, como o Estádio Azteca, que desafiou o preparo físico dos jogadores. Além disso, essa edição consolidou o formato de 16 equipes na fase eliminatória.
Um Mundial de poucos gols em 1990: A Alemanha chega ao Tri
A Itália sediou a Copa de 1990, que ficou conhecida por um estilo de jogo defensivo, com poucos gols e muitos empates. A Alemanha Ocidental conquistou seu terceiro título ao vencer a Argentina por 1 a 0 na final, graças a um pênalti convertido por Andreas Brehme. Essa foi a última Copa antes da reunificação alemã. Outra curiosidade foi o jogo mais violento da história das Copas: Brasil x Argentina, nas oitavas de final, protagonizaram uma partida marcada por faltas duras e acusações de doping. A competição também foi marcada pela estreia de Camarões como a sensação africana, liderados por Roger Milla, que chegaram às quartas de final.
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